
“Um abraço forte ao senador mais bem votado da Paraíba”. Foi com esta deferência especial ao senador eleito, mas não diplomado nesta sexta-feira (17) pela Justiça Eleitoral, Cássio Cunha Lima (PSDB), que o governador eleito da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), abriu o seu discurso, o qual fez de improviso dispensando o escrito por sua assessoria. Aliás, a ausência do senador no evento foi bastante sentida pelos seus aliados.
Em seguida, Ricardo agradeceu a Deus pela vitória e dentro deste agradecimento fez referências ao respeito às cultuações religiosas. Segundo ele, o respeito as mais diferentes religiões é importante para a democracia”, disse.
Para ele, a sua diplomação como governador da Paraíba se fazia um dos momentos mais importantes da sua vida e relembrou a sua trajetória política advinda desde os movimentos sociais de base à sua primeira eleição como vereador, deputado estadual, prefeito de João Pessoa até chegar à condição de chefe do Poder Executivo e agradeceu a todos pela longa caminhada feita com a união das forças políticas que acreditaram no seu projeto de mudança.
“Agradeço aos militantes. Agradeço aos aliados. Agradeço a população da Paraíba e eu sei exatamente qual foi o recado dado. O povo quer mudança. Mudança no comportamento com relação entre os Poderes Legislativos, Executivo e com a sociedade. Eu nunca me iludi com qualquer cargo e sei que tenho um longo caminha a trilhar. Sei das minhas responsabilidades”, ressaltou.
Para os diplomados, Ricardo disse que é preciso ter coragem e determinação para honrar o mandato, o voto dado de cada eleitor. Ele afirmou ainda que veio para mudar, transformar e tem essa coragem e determinação de mudar os rumos da Paraíba.
“Nós temos diferenças e é importante que essas diferenças estejam colocadas por que são elas, as diferenças dentro da sociedade e dentro do campo político que haverão de fazer com que este estado naturalmente avance. Eu tenho a idéia também que a auto cobrança e que esse Estado e esse povo escolheu vai exigir uma nova forma de governo. Um governo que radicalize na democracia”, disse.
Ricardo lembrou ainda que a Paraíba não tem experiência prática de democracia participativa e que é preciso que construir isso para salvar a democracia representativa. O cheque em branco que a população dar aos políticos não é indeterminado.
“Nem pode ser indeterminando. Nós não podemos fazer tudo àquilo que, por ventura, se queira fazer. É preciso estabelecer condições para que o povo participe de uma forma mais diretamente não apenas de uma eleição a cada dois anos, mas desde o orçamento que é política mãe de todas as políticas e mexe com toda a demais capacidade que esse Estado possa desenvolver”, disse.
Por fim, Ricardo disse ter o compromisso de radicalizar na democracia, de construir para a Paraíba uma alternativa de desenvolvimento para a economia. Segundo ele, o Estado não tem a menor chance de sobrevivência de ampliar as conquistas sociais do povo da Paraíba tendo um Estado aonde 46% da massa salarial vem dos setores públicos.
“È humanamente impossível se achar que existe possibilidade real de crescimento sustentável com a manutenção desse quadro” destacou.
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