segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Coligação apresenta documentação sobre existência de dois resultados do Ibope


A Coligação Uma Nova Paraíba protocolou na manhã desta segunda-feira (30) representação contra o Instituto Brasileiro de Opinião e Pesquisa (Ibope), sobre a pesquisa registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PB) sob o número de 26522/2010, divulgada na última sexta-feira (27) pela TV Cabo Branco.

O advogado da coligação, que tem Ricardo Coutinho (PSB) como candidato a governador do Estado, Fábio Andrade, apresentou ao TRE documentos, produzidos pelo próprio Ibope que comprovam a existência de dois relatórios provenientes da mesma pesquisa ou ainda duas pesquisas realizadas no mesmo período, porém com resultados muito diferentes.

O resultado divulgado pelo instituto traz benefícios diretos ao candidato da coligação Paraíba Unida, que disputa seu quarto mandato de governador do Estado.

“Solicitamos que o Ibope explique o porquê das distorções. Cabe ao instituto prestar esses esclarecimentos e justificar os motivos que levaram a existência de dois relatórios com números diferentes.”, afirmou.

Fábio Andrade explicou ainda que a coligação não tem autorização legal para divulgar os números do segundo relatório, mas que a documentação comprobatória está anexada a ação proposta pela coligação.

“O Ibope tradicionalmente apresenta distorções entre os números das pesquisas divulgadas na Paraíba e os números contabilizados nas urnas. Até então nós pensávamos que fosse erro do instituto, mas agora os documentos nos levam a crer que houve má fé e manipulação dos dados”, declarou.

Punição – Fábio Andrade lembrou que manipulação de pesquisas eleitorais é crime, passível de até um ano de detenção. Caso seja comprovada a distorção das informações divulgadas da referida pesquisa, o instituto também poderá pagar multa de até 100 mil UFIRs, terá que veicular os dados do segundo relatório da pesquisa.

“É preciso dar um basta neste tipo de situação na Paraíba. A partir de agora iremos olhar com outros olhos todas as pesquisas realizadas pelo Ibope no nosso Estado. A população não pode e não merece ter acesso a informações que não são verdadeiras”, concluiu.

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